quarta-feira, 26 de julho de 2017

Saga Ruiva

Entrei para a saga ruiva por puro impulso, estava triste, deprimida e carente. Então resolvi mudar e aquecer um pouco a minha vida e a primeira opção da mulherada é? Mudar o visual. Depois de seis anos loira platinada acabei optando pelo ruivo, não queria vermelho sangrento, queria algo sutil, delicado e moderno.

Fui até a loja onde compro produtos para o meu salão e para meu uso pessoal e optei pela colo
ração Yellow da Alfaparf (amo a Alfaparf) a tonalidade escolhida foi a 8.4 com ox de 20 volumes.
Cheguei em casa e taquei a coloração na cabeça, aplicando primeiro na parte em que estava loira, depois de vinte minutos apliquei na raiz que estava virgem. Aguardei o tempo de pausa (quarenta minutos)...  A cor ficou divina, amei mudar, depois de cinco anos loira foi legal me sentir diferente e renovada.



O tom ruivo é maravilhoso e tem para todos os gostos, tem gente que gosta de mais claro, mais dourado, mais fechado e até vermelho bem intenso.
Eu me sentia poderosa, ao passar nas ruas, as pessoas me paravam, perguntavam se era natural, como eu consegui chegar nesse tom, se eu descolori e muitas perguntas... fiz muito sucesso e adorava.

Após algumas lavadas começaram os problemas, a parte que estava descolorida começou a desbotar terrivelmente rápido e todo banho era um verdadeiro sofrimento, ver aquela água laranja saindo e indo embora pelo ralo me deixava imensamente triste e ver a parte da raiz muita mais escura que o comprimento do cabelo totalmente diferente uns do outro, fazia eu me sentir feia, manchada, triste.

[Reparem na diferença entre a raiz e o comprimento]



Mas fui aguentando e empurrando com a barriga, praticamente escrava de coloração, que só durava no dia da aplicação, na primeira lavada, voltava tudo novamente. Pensava em desistir, mas as pessoas falavam para continuar, pois era lindo e blá blá blá.

Por obra do acaso acabei usando a coloração 8.4 da Acquaflora e para a minha surpresa, era o máximo, não desbota, resseca um pouco, mas água totalmente limpa a cada lavada.




 Mas não dispensava o uso do matizador leads care para cabelos ruivos dia sim dia não e uma vez pro mês eu usava o Garota Veneno para ruivas, da Lola.




Depois que passei a usar a coloração 8.4 da Acquaflora com ox de 20 volumes o resultado foi esse.



Espero que tenham gostado da minha saga ruiva. Até chegar no tom desejado, eu sofri.
Logo deixarei aqui as minhas dicas de reconstrução, nutrição, hidratação e umectação. Beijoss *.*



quarta-feira, 22 de junho de 2016

Zoladex - Acetato de Gosserrelina

ZOLADEX é indicado para: 

Controle de câncer prostático passível de manipulação hormonal.
Controle de câncer de mama passível de manipulação hormonal, em mulheres em pré e perimenopausa.
Controle da endometriose, aliviando os sintomas, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões endometriais.
Controle de leiomioma (tumor benigno) uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sanguínea intra-operatória.
Diminuição da espessura do endométrio, utilizado antes da ablação (remoção) endometrial.

Reações do Zoladex:

Artralgia (dor na articulação), parestesias inespecíficas (sensação de formigamento ou ardência na pele), ressecamento da pele, alterações na pressão sanguínea, que podem se manifestar sob forma de hipotensão (pressão baixa) ou hipertensão (pressão alta), ondas de calor, suor excessivo, alteração da libido, Dores de cabeça, alteração de humor, depressão, ressecamento vaginal, pode ocorrer vermelhidão no local da injeção.
 A Zoladex é uma injeção, aplicada na barriga da paciente, pode ser aplica com ou sem anestesia no local, a barriga pode  inchar ou não e pode ocorrer de ficar dolorido no local da aplicação.
A Zoladex possui em 2 dosagens: mensal 3.6 e trimestral 10.8, mas ai o médico especialista irá lhe indicar o tempo e a dosagem do seu tratamento.

Contra-indicações:
É contra-indicado para mulheres com prévia hipersensibilidade a ZOLADEX ou a qualquer componente do produto, grávidas e lactantes.


PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS

Pacientes do sexo feminino que estejam fazendo uso de ZOLADEX devem adotar métodos anticoncepcionais não-hormonais durante o tratamento.
O uso de agonistas do LHRH em mulheres pode causar uma diminuição da densidade mineral óssea (enfraquecimento dos ossos). Dados atualmente disponíveis sugerem que alguma recuperação da perda óssea pode ocorrer ao se suspender o tratamento. Em pacientes recebendo ZOLADEX para o tratamento de endometriose, a adição de terapia de reposição hormonal (um agente estrogênico diariamente e um agente progestogênico) reduziu a perda da densidade mineral óssea e os sintomas vasomotores.
O uso de ZOLADEX pode causar aumento da resistência cervical e cautela deve ser tomada ao dilatar a cérvix.

Uso durante a gravidez e lactação:

ZOLADEX não deve ser utilizado durante a gravidez, pois há um risco teórico de aborto ou anormalidade fetal se forem utilizados agonistas do LHRH na gravidez.

Mulheres potencialmente férteis devem ser cuidadosamente examinadas antes do início do tratamento para excluir uma possível gravidez. Devem ser utilizados métodos anticoncepcionais não hormonais durante o tratamento. Somente após o retorno da menstruação poderão ser utilizados métodos contraceptivos hormonais.

A possibilidade de gravidez deve ser excluída antes que ZOLADEX seja utilizado para fertilização assistida. Quando empregado com esse fim, não há evidência clínica que sugira uma associação causal entre ZOLADEX e qualquer anormalidade subseqüente de desenvolvimento de oócito (óvulo maduro, pronto pra ser fecundado) ou gravidez e parto.

O uso de ZOLADEX durante o período de amamentação é contra-indicado.
Testes Laboratoriais:
A administração de ZOLADEX em doses terapêuticas resulta na supressão do sistema pituitário-gonadal.
Os testes diagnósticos das funções pituitárias gonadotrópica e gonadal realizados durante o tratamento com ZOLADEX e até que o fluxo menstrual seja retomado podem apresentar resultados alterados devido a seu efeito supressor.
Geralmente a função normal é restaurada dentro de doze semanas após a interrupção do tratamento. (é esperado que a menstruação volte doze semanas após a aplicação da última injeção).

IMPORTANTE: No dia da retirada do medicamento, leve um isopor de tamanho médio com gelo p/transportar o zoladex. Ele tem que ficar em temperatura inferior a 25ºC. Eles não informam isso... só soube quando cheguei lá p/buscar. 

Como conseguir a Zoladex - Acetato Gosserrelina pelo (SUS) 


Este pedido tem que ser a LME-Solicitação de Medicamentos de Dispensação Excepcional (fornecida pelo médico) com preenchimento legível, assinada e carimbada pelo médico, contendo o CPF do médico nas quatro vias do SUS. 

ATENÇÃO: Essas vias NÃO podem ser carbonadas. Têm que ser todas ORIGINAIS!
Laudo médico detalhado (unidade do sus, particular ou convênio) validade 60 dias.
Numero do sus do médico.
Receita Médica- validade 60 dias. em duas vias em formulário do SUS. (Caso a indicação p/a Zoladex seja de três meses, tem que ter três receitas - uma p/cada mês, em duas vias de cada).
Laudo de solicitação do medicamento- LME em quatro vias legíveis e sem rasuras, os campos 1 e 2 a 33, 34, 35, 37, 38 e 40 são obrigatórios. todas as informações solicitadas devem ser preenchidas à caneta, carimbo e assinatura do medico original em todas as vias. O medicamento deve ser prescrito com denominação comum com a apresentação da quantidade mensal. (validade por 60 dias).
Termo de consentimento preenchido e assinado pelo medico e paciente.

Xerox da Identidade ou Certidão de Nascimento/Casamento e CPF ou Protocolo da paciente. Comprovante de residência também. 

Obs. Quem já tiver o cartão do SUS tem de levar. Quem não tiver, o SUS irá fornecer. 

IMPORTANTE: Na LME tem que constar o código do CID (com TODOS os dígitos: categoria de 4 caracteres - LETRA + 3 DÍGITOS), da paciente, ou seja, o tipo de endometriose que ela tem. Caso ela tenha + de uma, tem que colocar o CID principal e o CID secundário. (É o campo no canto superior da LME).

CÓDIGOS DO CID 10- Patologias Dispensadas pela Portaria nº 2981

D25.0 - Leiomioma Submucoso do Útero.
D25.1 -  Leiomioma Intramural do Útero.
D25.2 -  Leiomioma Subseroso do Útero.
N80.0 - Endometriose do útero, adenomiose.
N80.1 - Endometriose do ovário.
N80.2 - Endometriose da trompa de Falópio.
N80.3 - Endometriose do peritônio Pélvico.
N80.4 - Endometriose do septo retovaginal e da vagina.
N80.5 - Endometriose do intestino. 
N80.6 - Endometriose em cicatriz cutânea.
N80.8 - Outra endometriose. 
Local de cadastramento e Retirada do Medicamento

Após aprovação do cadastro, os medicamentos são retirados pelo paciente ou responsável autorizado, mensalmente, nos locais abaixo:

RIOFARMES – Farmácia Estadual de Medicamentos EspeciaisRua Julio do Carmo nº 175 - Cidade Nova - Rio de Janeiro - Seg a Sex - 8:00 às 17:00h
Metrô Praça XI - saída Marquês de Sapucaí
Tel: (21) 2333-3896 / 2333-3998 / 2332-8568 / 2332-8569

Pólos do CEAF/RJ – Interior do Estado

Angra dos Reis

Fusar
Rua Almirante Brasil, 49 - Balneário

(24) 3377-5859 R. 213

Barra do Piraí

Posto de Saúde Albert Sabin
Rua Angélica, 238 - Santana

(24) 2444-4594

Barra Mansa

Farmácia Municipal de Barra Mansa
Rua João Chiesse Filho, 1000 - Centro

(24) 3323-0473

Bom Jesus do Itabapoana

Farmácia e Almoxarifado Central
Rua Gonçalves da Silva, 210 - Centro

(22) 3831-1196

Cabo Frio

Posto de Assistência Médica

Rua Teixeira e Souza, 2.228 - São Cristóvão

(22) 2645-5593

Campos dos Goytacazes

Secretaria Municipal de Saúde
Rua Voluntários da Pátria, 875 - Centro

(22) 2726-1359/1350/1375 ou (22) 2733-4856

Cordeiro

Centro de Saúde de Cordeiro
Rua Nacib Simão, 1325 - Rodolfo Gonçalves

(22) 2551-2588/ 1293/ 2245 R. 219

Duque de Caxias

Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias
Rua General Gurjão, s/nº - Jardim 25 de Agosto

2672-0450

Itaboraí

Secretaria Municipal de Saúde - Farmácia Básica
Rua Desembargador Ferreira Pinto, 09 - Centro

3639-2639

Itaperuna

Farmácia de Medicamentos Excepcionais
Rua Lenira Tinoco Calheiros nº 38 - Centro

(22) 3822-2960

Macaé

Posto de Saúde Dr. Jorge Caldas
Praça Washington Luis, s/nº - Centro

(22) 2762-4188

Magé

Farmácia Central
Estrada do Contorno s/nº - Piedade

(21) 8799.8212

Miguel Pereira

Centro Especializado de Saúde Senador Roberto Campos
Rua Hamilton Alexandre, 40 - Centro

(24) 2484-3813

Niterói

Policlínica Regional Carlos Antonio da Silva
Avenida Jansem de Mello, s/nº - São Lourenço

2622-9331

Nova Friburgo

Policlínica Centro Dr. Silvio Henrique Braune
Rua Plínio Casado, s/nº - Centro

(22) 2522-7516

Nova Iguaçu

Centro de Saúde Dr. Vasco Barcelos
Rua Cel. Bernardino de Melo, 1895 - Centro

2698-1011/ 2768-5921/ 2667-4559

Paraíba do Sul

Farmácia Geral Municipal
Praça Garcia, s/nº - Centro

(24) 2263-2540/ 1579 R. 31

Petrópolis

Centro de Saúde Coletiva Prof. Manoel José Ferreira
Rua Santos Dumont, 100 - Centro

(24) 2246-9194/ (24) 2237-3616 R. 208

Rio Bonito

Secretaria Municipal de Saúde
Rua Getúlio Vargas, 691 - Centro

(21) 2734-0610

Santo Antônio de Pádua

Secretaria Municipal de Saúde

Avenida João Jasbick, 520 - Aeroporto

(22) 3853-3194

São Gonçalo

Secretaria Municipal de Saúde
Rua Francisco Portela, 2421 - Parada 40

(21) 2712-5009

Teresópolis

Secretaria Municipal de Saúde de Teresópolis - Divisão de Farmácia
Rua Júlio Rosa, 366 - Tijuca

(21) 2741-1925

Três Rios

Policlínica Walter Gomes Franklin

Rua da Maçonaria, 320 sala 07 - Centro

(24) 2251.1236

Valença

Farmácia Municipal
Rua Silva Jardim, 235 - Centro

(24) 2452-7533/5145

Vassouras

Policlínica de Vassouras
Praça Cristóvão Correia e Castro, 32 - Centro

(24) 2471-1984

Volta Redonda

Farmácia Municipal de Volta Redonda
Rua Edson Passos, 171 - Aterrado

(24) 3339-9467/9465

A cada 3 meses novo formulário LME e receita médica atualizados devem ser apresentados no local de retirada do medicamento. As receitas de medicamentos sob regime especial de controle (PT 344/1998/ANVISA) devem ser apresentadas a cada 30 dias.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Tratamento para endometriose

Allurene para tratar endometriose


O Allurene é um remédio hormonal que diminui a produção e a ação do hormônio estradiol, provocando diminuição do endométrio e todo o tecido endometrial em outros locais afetados pela endometriose.

O Allurene é produzido pelos laboratórios Bayer e pode ser comprado nas farmácias convencionais com receita médica, sob a forma de comprimidos de 2 mg.

Indicações do Allurene
O Allurene está indicado para o tratamento de endometriose, aliviando os sintomas de sangramento menstrual excessivo e doloroso, assim como dor pélvica.

Modo de uso do Allurene
O modo de uso do Allurene consiste na ingestão de 1 comprimido por dia no mesmo horário, devendo-se iniciar uma nova cartela mal termine a anterior, sem fazer pausas.

Efeitos colaterais do Allurene
Os principais efeitos colaterais do Allurene incluem aumento de peso, insônia, nervosismo, alterações de humor, dores de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, barriga inchada, perda de cabelo, sangramento vaginal, cansaço excessivo, irritabilidade, dor de costas e diminuição da vontade sexual.

Contraindicações do Allurene
O Allurene está contraindicado para pacientes com coágulos sanguíneos, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus com lesão de vasos sanguíneos, problemas no fígado, sangramento vaginal, historial de câncer de mama ou dos órgãos genitais, assim como para pacientes com hipersensibilidade ao dienogeste ou a outros componentes da fórmula.



Um ano após a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar a fabricação do dienogeste por outros laboratórios, chega ao mercado brasileiro na primeira semana de fevereiro o Alurax, o medicamento que combate às dores da endometriose produzido pela Momenta Farmacêutica.  Com a mesma composição do Allurene - 2mg de dienogeste , o Alurax é 55% mais barato que o original, mas com a segurança e a credibilidade de um produto de marca.
A Momenta é um laboratório do grupo Eurofarma, totalmente brasileiro e tem como missão "promover o acesso à saúde e à qualidade de vida com tratamentos a preço justo”. Com cerca de três anos de atuação, já é reconhecida pela comunidade médica, pelos farmacêuticos, farmacistas e tem a mesma confiabilidade do laboratório Bayer.

Outros genéricos
A Eurofarma lançou no final de 2015 o genérico: Dienogeste - 2mg e o Pietra ED - 2 mg.
Com valores bem mais acessíveis, encontrado com mais facilidade nas drogarias São Paulo em todo território nacional.

Após o uso do medicamento. 
Fiz meu tratamento com o Allurene por dois anos e troquei pelo Dienogeste, da Eurofarma, a sete meses.
Não tive nenhum tipo de reação a nenhum dos dois medicamentos. Não engordei, meu cabelo não caiu, não tive alteração no humor, e nem sagramentos. Esse medicamento mudou a minha vida, passei a sorrir mais, consigo correr, me abaixar, não passo meus dias lamentado minhas dores.
Antes de iniciar o tratamento, me apelidaram de Maria das dores e eu ficava mais deprimida ainda, por ver pessoas próximas a mim, não acreditarem na minha dor e ainda debochar.
Hoje me sinto uma nova mulher, perdi peso, mudei minha alimentação, faço exercícios físicos constantemente, coisa que não conseguia antes, devidos as dores fortíssimas que sentia antes, durante e depois do período menstrual.
Estou imensamente feliz com o resultado do tratamento.

Se você está com medo de iniciar o tratamento, por causa dos efeitos colaterais, não tenha medo. Vamos la mulher, levante-se, quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor será o resultado. Não deixe a endometriose acabar com a sua qualidade de vida, acabe você com a endometriose.
Converse com seu médico sobre esse medicamento.

Gravidez e endometriose.

Quem tem endometriose pode engravidar?

A doença é a maior causa de infertilidade feminina, mas tratamentos são capazes de reverter esta condição.

Por que ela prejudica a fertilidade? 
A relação entre endometriose e infertilidade é direta por dois motivos. Primeiro, porque quando o endométrio começa a crescer em locais como trompas e ovário, há inflamação e consequentemente, um processo espontâneo de cicatrização, o que acaba gerando mudanças anatômicas que impedem o pleno funcionamento das trompas, responsáveis pelos primeiros acontecimentos da fecundação. Além disso, as células inflamatórias podem afetar a qualidade do óvulo e do espermatozoide.
Os médicos não sabem ao certo o que causa a endometriose, mas questões genéticas e ligadas à imunidade estão associadas. Estudos anteriores comprovaram que estresse e ansiedade também podem agravar o quadro. Outra coisa que se sabe é que as mulheres, hoje, menstruam 400 vezes ao longo da vida, contra 40 no início do século XX. Isso acontece porque, naquela época, a ala feminina costumava ter um número muito maior de filhos, reduzindo a quantidade de ciclos menstruais ao longo da vida. É por esse motivo que a nova realidade, em que as famílias geram menos descendentes, confere à endometriose o apelido de “mal da mulher moderna”.

Quais são os sintomas?
Cólica, dor abdominal, retenção de líquido, inchaço, dor durante as relações sexuais, dificuldade para urinar.

Como é feito o diagnóstico? 
Um dos grandes problemas da endometriose é que os sintomas se confundem com os que normalmente aparecem no período menstrual, por isso, muitas mulheres só descobrem a condição quando tentam engravidar e não conseguem. Um estudo brasileiro apresentado no Congresso de Endometriose, em 2008, apontou que o período entre o início dos sintomas e o diagnóstico é de aproximadamente sete anos. Quando a queixa começa no início da adolescência, esse intervalo pode aumentar para doze anos.
Reverter o quadro, portanto, também depende da mulher, já que ela precisa ficar atenta aos sintomas. Infelizmente, ainda não há um exame específico para detectar a endometriose. O diagnóstico é feito pela combinação de exames de sangue, ultrassonografia transvaginal e ressonância pélvica. Quando esses exames apontam indícios do problema é feito uma laparoscopia, que é capaz de detectar a doença e já tratá-la no mesmo procedimento.

Como é feito o tratamento em mulheres que desejam ser mães?
O primeiro passo é tratar a doença. Em casos de endometriose leve ou moderada, o tratamento pode ser clínico, com medicamento via oral, injeção ou a colocação de um dispositivo intra-uterino. Porém, quando a doença já está mais avançada, a videolaparoscopia (procedimento cirúrgico) é mais indicada. Se a doença já estiver sob controle, o médico vai avaliar a situação das trompas da mulher e, dependendo do comprometimento da região, a gravidez só será possível por meio de procedimentos de fertilização in vitro.

Mesmo depois da cirurgia, não há garantias de que a mulher conseguirá engravidar? 
As chances de fecundação vão depender de uma combinação de fatores, como a gravidade da endometriose, o comprometimento das trompas e da idade da mulher. Se ela passou dos 35 anos, a probabilidade de engravidar diminui bastante e quase sempre é necessário FIV. Para as mais jovens, o índice de sucesso, inclusive de modo espontâneo, chega a 65%. Vale dizer que o Brasil é referência internacional no tratamento e qualidade de vida de pacientes com endometriose.

Mulheres que tiveram endometriose tem gravidez de risco, pode existir alguma complicação para o bebê? 
Independentemente do motivo, mulheres que tiveram dificuldade para engravidar são acompanhadas mais de perto pelos médicos. Porém, não existem evidências científicas que relacionam endometriose com complicações para a mãe e bebê.

domingo, 19 de junho de 2016

Como Lidar Com os Sintomas da Endometriose em Casa

4 Métodos: Controlando a sua dor controlando o sangramento excessivo lidando com os efeitos psicológicos da endometriose mudando o estilo de vida
A endometriose envolve o crescimento anormal dos tecidos do endométrio (os quais pertencem ao revestimento do útero) fora da cavidade uterina. É mais comum entre as mulheres em seus anos reprodutivos e parece ser hereditária. Como a condição pode causar dor, desconforto, sangramento e desconforto emocional, pode ser difícil de lidar. Tratamento médico profissional é importante, mas há também os passos que você pode seguir em casa para lidar com os seus sintomas de forma mais eficaz. Comece com o Passo 1 para saber mais.

Método 1 de 4: Controlando a sua dor

Atente-se ao momento de seus sintomas. Muitas mulheres acham que seus sintomas de endometriose aumentam durante os seus períodos menstruais; outras notam dor durante a ovulação ou depois da atividade sexual. Depois de conhecer os seus padrões, você vai ser capaz de antecipar e lidar com seus sintomas de forma mais eficaz.
Se você não reconhecer imediatamente um padrão, mantenha um diário durante alguns meses. Observe quais dias você sente maior desconforto, juntamente com qualquer outra coisa que possa ser relevante – o seu ciclo menstrual, a sua atividade sexual e sua dieta diária e exercícios. Depois de observar por um mês ou dois, os padrões poderão aparecer.

Tome medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) sem prescrição médica. Os sintomas mais angustiantes da endometriose são a dor e as cãibras que podem ocorrer na área abdominal e pélvica. Felizmente, muitas mulheres acham que a dor da endometriose pode ser aliviada por fármacos AINEs como o ibuprofeno, naproxeno sódico e aspirina. AINEs reduzem a inflamação e o inchaço, e reduzem a produção de prostaglandinas do seu corpo, que são responsáveis pela sensação de dor.
Se a dor aumentar durante o seu período menstrual, considere começar a tomar NSAIDs cerca de 24 horas antes de seu período esperado. A interrupção na produção de prostaglandinas do seu corpo irá deixá-la mais confortável.
Converse com seu médico sobre o melhor regime de AINEs para você. Em geral, porém, você pode tomar 200 a 400 mg de ibuprofeno por via oral, a cada quatro a seis horas.
Para o naproxeno sódico, normalmente você pode tomar 275 mg a cada seis a oito horas, não excedendo 1.100 mg em um único dia.
Se preferir, você pode tentar 300 a 325 mg de aspirina por via oral, três ou quatro vezes ao dia. Discuta os riscos da aspirina com o seu médico, no entanto. Pessoas com certas condições de saúde não deve tomá-la.
Experimente paracetamol. Se AINEs embrulharem o seu estômago ou causarem vômitos ou diarreia, converse com seu médico sobre o uso de acetaminofeno sem prescrição (também conhecido como paracetamol).
A dosagem típica de acetaminofeno deve ser de 650 a 1.000 mg a cada quatro a seis horas. Não exceda 4.000 mg em um único dia. Não tome mais do que o seu médico recomenda, já que o paracetamol pode causar lesão hepática se usado incorretamente. A ingestão de bebidas alcoólicas aumenta esse risco.
Medite. Embora a meditação não afete a sua endometriose ou os sintomas que ela produz, poderá ajudá-la a lidar com a dor de forma mais eficaz. Estudos têm mostrado que pessoas que meditam podem desenvolver limiares de dor mais elevados e um forte senso de paz e contentamento interior.

Método 2 de 4: Controlando o sangramento excessivo

Planeje adiante. O sangramento excessivo durante o período menstrual é um sintoma comum da endometriose. É aconselhável buscar opções de tratamento médico com seu médico, mas, além disso, você pode planejar com antecedência o seu período menstrual. Sempre que possível, evite programação exigente e eventos e atividades durante sua menstruação. Limite-se às atividades que sejam absolutamente necessárias.
Mantenha os suprimentos à mão. Você vai querer manter uma abundância de absorventes extras em casa, no carro, no escritório e em qualquer outro lugar onde você passa uma quantidade significativa de tempo. Se o sangramento tende a aparecer rapidamente, você também deve considerar manter uma troca de roupa nesses locais.

Peça ajuda. Solicite que o seu parceiro, outras crianças mais velhas, amigos e membros da família que forneçam alguma ajuda quando você estiver com forte sangramento. Seu parceiro, por exemplo, pode assumir a execução de determinados serviços; amigos podem ajudar a levar seus filhos para atividades extraescolares.

Saiba quando o problema precisa de atenção médica. Se o sangramento menstrual está interferindo com a sua vida diária por mais de alguns dias por mês, ou se você está perdendo sangue suficiente para se tornar anêmica ou sofrendo de efeitos colaterais adicionais, fale com o seu médico. Pode ser necessário iniciar a terapia hormonal para lidar com a questão.

Método 3 de 4: Lidando com os efeitos psicológicos da endometriose

Eduque-se. Conhecimento é poder. A endometriose pode ser uma doença perturbadora, frustrante e estressante, mas você estará melhor equipada para lidar com os desafios que se apresentarem se aprender tudo que puder sobre sua condição. Tente sites confiáveis e pergunte ao seu médico para obter informações adicionais.
Saber mais sobre a sua condição também vai ajudá-la a explicar os seus sintomas para sua família, amigos e colegas de trabalho. Isso pode ajudá-la a obter o apoio de que necessita.

Junte-se a um grupo de apoio. Conversar com outras pessoas que lutam com a endometriose pode ser extremamente útil. Discutir a condição, compartilhar técnicas de manejo e liberar seus sentimentos em um ambiente de apoio vai fazer você se sentir melhor.
Tome um tempo para pensar sobre o futuro. Você planeja ter filhos no futuro? Se assim for, você pode querer avaliar suas prioridades e decidir quão importante a maternidade é para você.
Se a maternidade é muito importante, e você está em uma posição de obtê-la, considere ter filhos mais cedo do que mais tarde. Dessa maneira, você pode tratar a sua endometriose de forma mais agressiva, talvez com a cirurgia. Considere, além disso, se está disposta a adotar uma criança em vez de ter uma de forma natural.
Se a maternidade não é tão importante, ou se você já tem filhos, fale com o seu médico sobre todas as suas opções, inclusive as cirúrgicas. Você pode ser uma boa candidata para o tratamento médico mais decisivo.
Considere a terapia. Se está lutando com sintomas graves em uma base regular, você também pode se beneficiar da terapia individual. Um conselheiro ou psicólogo treinado pode ajudá-la com os seus sentimentos sobre a sua condição e pensar sobre as várias opções de tratamento. Ele ou ela também pode ajudá-la a lidar com seus sentimentos sobre a maternidade.
Divida tarefas maiores em partes menores. Você pode não ser capaz de limpar a sua casa em um determinado dia, se estiver experienciando sintomas graves. Concentre-se em realizar uma ou duas das tarefas mais urgentes – aspirar, por exemplo, e limpar as bancadas – e deixe o resto para quando você se sentir melhor.

 Método 4 de 4: Mudando o estilo de vida

Exercite-se diariamente. O exercício faz o seu cérebro a liberar endorfinas, como a serotonina, que fazem você se sentir bem. Esses hormônios estimulam os seus neurônios, fazendo você se sentir mais calma e com mais energia, e eles podem ajudar a reduzir a sua dor. E, claro, o exercício também é fisicamente bom para você – ele fortalece e tonifica os músculos e ajuda a manter um peso saudável.
Para começar, tente obter 40 minutos de atividade diária. Você pode correr, andar, nadar, praticar um esporte ou tentar uma aula – contanto que faça você se mover.

Reduza sua ingestão de carboidratos refinados e açúcares processados. Mudar a sua dieta não vai afetar a sua endometriose, mas reduzir a ingestão de carboidratos refinados e açúcares processados poderá melhorar os sintomas como náuseas, distensão abdominal e fadiga. Esses alimentos são um pouco difíceis de digerir e produzem gás e inchaço abdominal; além disso, eles interagem com a insulina para liberar triptofano em seu corpo, aumentando o seu cansaço e sonolência.

Coma uma variedade de alimentos saudáveis. Manter o corpo o mais saudável possível pode ajudar você a gerenciar seus sintomas de forma mais eficaz. Busque consumir uma grande variedade de frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras.
Se você está insegura sobre como comer de forma saudável, considere fazer uma consulta com um nutricionista. Ele ou ela pode ajudá-la a montar um plano de dieta ideal.

Dicas:
Mantenha-se em contato com o seu médico. A endometriose é melhor tratada com uma combinação de tratamento médico e com as formas de lidar com ela.
Entenda que as melhores abordagens para tratar os sintomas da endometriose podem depender, em certa medida, da sua idade. Quanto mais jovem for, mais agressivo o seu médico pode querer ser. Você também precisa considerar se você planeja ter filhos. Soluções cirúrgicas e alguns tratamentos médicos podem prejudicar suas chances de engravidar, e certos medicamentos terão que ser interrompidos quando você começar a tentar engravidar.

Tente manter uma perspectiva positiva. A endometriose é estressante, mas também é tratável. Você tem todos os motivos para esperar viver uma vida normal e saudável.

Entenda os sintomas da endometriose

A endometriose é invisível, mas os sinais de sua presença no organismo são, na grande maioria das vezes, bem perceptíveis, manifestando-se por meio dos seguintes sintomas:
  • Cólica menstrual
  • Infertilidade
  • Dor na relação sexual, descrita na profundidade da vagina (no fundo da vagina)
  • Alterações no intestino na época da menstruação, em casos de endometriose que envolve a região (apresentando sintomas como diarreia, intestino preso, sangramento anal)
  • Alterações na bexiga e vias urinárias na época da menstruação, em casos de endometriose que envolve o aparelho urinário (percebidas pelo aumento no volume das micções, dor ao urinar ou sangramento na urina, por exemplo)
  • Dor contínua, independente da menstruação, principalmente em casos de endometriose mais avançada, com grande quantidade de aderências nos órgãos pélvicos
É importante lembrar que a quantidade de sintomas não tem relação com o volume e a intensidade da doença. Isso significa que nem sempre mulheres com muitos sintomas apresentam o grau mais severo da endometriose.

Cólica Menstrual

Considerada um dos mais frequentes sintomas da endometriose, pode ser classificada em diferentes graus:
  • Leve: quando a paciente não precisa usar medicamentos para minimizar os sintomas
  • Moderada: quando a paciente precisa de medicamentos, suficientes para melhorar a dor
  • Severa: quando a paciente não tem qualquer melhora dos sintomas, mesmo consumindo medicamentos
  • Incapacitante: quando a paciente tem dores tão intensas que a incapacitam de exercer atividades diárias, necessitando de internações hospitalares para aliviar incômodos ou mesmo para tratar outros sintomas, tais como náuseas, vômito, diarreia, febre ou cefaleia.
É importante esclarecer mais uma vez que a intensidade da dor não tem relação com a quantidade ou o grau da endometriose.
Em relação aos fatores de risco que poderiam influenciar no grau das cólicas menstruais, alguns estudos demonstraram que a idade precoce da primeira menstruação, períodos menstruais prolongados, tabagismo, obesidade e consumo de álcool poderiam estar associados a ocorrências mais severas.

Dor Crônica ou Acíclica

É uma dor que persiste por pelo menos seis meses, não associada ao ciclo menstrual. Acredita-se que os fatores que causam a dor sejam decorrentes dos focos da doença ou secundários a alterações dos tecidos, por conta dos processos aderências e fibrose.
A presença de aderências pélvicas e o número de intervenções cirúrgicas contribuem para piorar os incômodos deste sintoma.

Dor nas Relações Sexuais

Vários estudiosos apontaram este tipo de dor como um dos mais frequentes em mulheres vítimas da endometriose, acometendo os ligamentos útero-sacros, região retrocervical, septo retovaginal e regiões intestinais baixas, como reto e sigmoide. Outros explicaram a associação entre a severidade da dor à relação sexual e o grau de infiltração da endometriose.

Alterações Urinárias Cíclicas

São alterações urinárias relacionadas principalmente ao período menstrual. A endometriose que acomete a região urinária - atingindo a bexiga - costuma manifestar-se por dor abdominal baixa, aumento da frequência das micções, dor ao urinar, sangramento urinário ou infecções urinárias de repetição. Os sintomas podem aparecer em qualquer fase do ciclo, mas torna-se mais intenso no período pré-menstrual e menstrual.

Alterações Intestinais Cíclicas

Relacionadas principalmente ao período menstrual. Geralmente, os sintomas intestinais aumentam na menstruação, sendo mais intensos quando a endometriose envolve regiões como intestino (reto e sigmoide), ligamentos útero-sacros, região retrocervical e septo reto-vaginal.
Clinicamente, a mulher com doença profunda pode apresentar queixa de dor pélvica, dor nas relações sexuais, além de sintomas específicos relacionados à região intestinal, como dor durante a evacuação, diarreia e sangramentos anais cíclicos. Tais variações dependerão da extensão e profundidade da doença.

Infertilidade

Hipóteses de que a endometriose cause infertilidade ou diminua a fecundidade ainda são controversas. Apesar de existirem evidências que demonstram associação entre a doença e a infertilidade, uma relação de causa e efeito ainda não foi estabelecida. Questões como qual o melhor tratamento para infertilidade associada à endometriose ou se a doença realmente apresenta relevância quando o principal sintoma é a infertilidade, ainda são discutidas.
Em mulheres com menos de 35 anos, a taxa de fecundidade mensal é de cerca de 12-15%. No entanto, em pacientes com endometriose, este número tende a cair: de 2% a 10%. A prevalência da endometriose em mulheres em idade reprodutiva é estimada entre 6% e 44%. Estudos recentes sugerem que 25% a 50% das mulheres inférteis apresentam endometriose e que 30% a 50% das mulheres com endometriose são inférteis, fato atribuído a alterações imunológicas, hormonais e sistêmicas.
Vários mecanismos tentam explicar como a endometriose diminui mensalmente as taxas de fecundidade. A justificativa mais provável é o dano anatômico pélvico, principalmente em casos de doença avançada, além de deficiências ovarianas, alterações do ambiente peritoneal, falhas de implantação e maiores taxas de abortos precoces.

Anormalidades Endócrinas

Foliculogênese Anormal
Mulheres com endometriose apresentam irregularidades na produção de folículos no organismo. São portadoras de níveis hormonais anormais, alterando e diminuindo o crescimento folicular, além de registrar uma fase folicular que tende a ser mais curta.
Anovulação
Algumas pacientes são anovuladoras (sem ovulação, os ovários falham e não liberam um óvulo) ou portadoras de algum grau importante de oligo-ovulia. Outras podem apresentar ciclos menstruais regulares, níveis normais de estradiol (hormônio sexual predominante, presente nas mulheres) e progesterona, portanto, com folículogênese e luteinização (produção de corpo-lúteo, estrutura que se forma no local de um folículo ovariano após liberação de um óvulo) normais, mas o fenômeno de liberação do oócito (células germinativas femininas ou células sexuais produzidas nos ovários) a partir do folículo dominante não ocorre, mesmo após o pico de LH (hormônio luteinizante), constituindo a chamada síndrome do folículo luteinizado não-roto (LUF).
Em 60% das mulheres com endometriose, a função do corpo lúteo é inadequada, podendo resultar em infertilidade ou abortamento precoce.

Ovários Policísticos

Ovários Policísticos - O Que é, Causas e Sintomas, Prevenção e Tratamentos

A SOP, abreviação usada para a Síndrome dos Ovários Policístico, é um distúrbio que interfere no processo normal de ovulação em virtude de desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos. O aparecimento de cistos durante o processo de ovulação faz parte do funcionamento dos ovários, mas eles desaparecem a cada ciclo menstrual. Em portadoras da Síndrome de Ovários Policísticos (SOP), esses cistos permanecem e modificam a estrutura ovariana, tornando o órgão até três vezes mais largo do que o tamanho normal. A disfunção pode levar à secreção de hormônios masculinos (androgênios) em excesso. A portadora da síndrome ovula com menor freqüência e tem ciclos, em geral, irregulares. Calcula-se que a SOP afeta 20% das mulheres durante a fase de vida reprodutiva.

ORIGEM DA SOP

Os fatores que levam ao desenvolvimento da SOP não são totalmente conhecidos, mas ela tem origem genética, em parte, pois irmãs ou filhas de uma mulher portadora do distúrbio tem 50% de chance de desenvolvê-la. Tudo indica que sua origem está associada com a produção da insulina em excesso pelo organismo. O aumento da quantidade dessa substância no sangue (a hiperinsulinemia) provocaria o desequilíbrio hormonal.

PRINCIPAIS SINTOMAS E SINAIS

Ciclos irregulares, menor freqüência de ovulação e dificuldade para engravidar podem ser características comuns da síndrome dos ovários policísticos. O distúrbio ainda favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, do diabetes tipo 2 e obesidade. Quando há excesso de hormônios masculinos, os sinais observados são:
  • Crescimento anormal de pelos nas regiões do baixo ventre, seios, queixo e buço;
  • Aumento da oleosidade da pele e aparecimento de espinhas e cravos;
  • Queda de cabelos;
  • Aumento do peso;
  • Manchas na pele, principalmente nas axilas e atrás do pescoço

DIAGNÓSTICO

Depende de avaliação completa, que exclua variáveis como problemas com a tireóide ou a glândula supra-renal. O exame de ultrassom, isolado, não é suficiente para fornecer o diagnóstico acertado da Síndrome. Para investigar as causas da irregularidade menstrual ou das manifestações androgênicas, os médicos costumam pedir os seguintes exames:
  • Dosagem dos hormônios FSH, LH, Estradiol, TSH, S-DHE, Testosterona total, 17-OH progesterona (entre o 2º e 3º dias do ciclo menstrual)
  • Curva de insulina associada à curva de glicemia.
  • Ultrassom pélvico.

TRATAMENTOS

É uma síndrome que pode ser controlada por medicamentos. Estes variam de acordo com o quadro de sintomas da paciente e suas complicações. A utilização de anticoncepcionais hormonais como pílulas, anéis vaginais, implantes protegem os ovários contra a formação dos microcistos e diminuem os níveis de hormônios masculinos e de insulina. Mulheres que planejam engravidar também devem utilizar anticoncepcionais hormonais, em um primeiro momento do tratamento, para regularizar a menstruação.
A suspensão do anticoncepcional depois da regularização dos ciclos menstruais aumenta a chance de ovulação e gravidez. Outra forma de intervenção para aumentar as chances de gravidez são os produtos indutores da ovulação. Quando a portadora da SOP apresenta altos níveis de insulina os médicos usam medicamentos específicos para reduzir a produção dessa substância. Na presença de gravidez, tais medicamentos podem ser usados até a 36ª semana de gestação.
Ciclos irregulares, menor freqüência de ovulação e dificuldade para engravidar podem ser características comuns da síndrome dos ovários policísticos. O distúrbio ainda favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, do diabetes tipo 2 e obesidade. Quando há excesso de hormônios masculinos, os sinais observados são:
  •  Crescimento anormal de pelos nas regiões do baixo ventre, seios, queixo e buço;
  •  Aumento da oleosidade da pele e aparecimento de espinhas e cravos;
  •  Queda de cabelos;
  •  Aumento do peso;
  •  Manchas na pele, principalmente nas axilas e atrás do pescoço

OUTROS CUIDADOS

Para manter os sintomas sob controle os médicos costumam orientar suas pacientes sobre a manutenção de dietas mais leves, especialmente quando elas apresentam obesidade, acompanhada da prática de exercício físico, que beneficia todas as portadoras da SOP. E, dependendo do caso, tratamentos cosméticos com dermatologista.